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09 fevereiro 2015

Contos de imaginação e mistério - Edgar Allan Poe


Esse livro chamou minha atenção logo que cheguei perto da prateleira onde o mesmo se encontrava. E quando comecei a folheá-lo e a ver as ilustrações, tive a confirmação de que era algo que valeria muito a pena ser lido. Não me enganei.

Contos de Imaginação e Mistério foi publicado no Brasil, pela primeira vez, em 2012, porém já havia sido lançado por uma editora londrina em 1919. O livro, além de encantar com suas narrativas, também atrai pelas incríveis ilustrações do irlandês Harry Clarke e pelo posfácio do genial Charles Baudelaire (que, inclusive, foi o primeiro a traduzir as obras de Poe para o francês). Outro ponto adicional na obra são as referências detalhadas sobre edições onde as narrativas foram lançadas. O livro traz 22 contos; falarei sobre alguns por aqui.

Dentre uma das primeiras narrativas, temos a inquietante O poço e o pêndulo (1842); relata sobre um homem condenado por inquisidores que, após obter sua sentença, é mandado para um calabouço. O homem tateia o ambiente em que agora está, procurando identificar o local, mas, vencido pelo cansaço, acaba dormindo. Ao acordar, o narrador-personagem se vê preso a uma cama, sobre a qual oscila um pêndulo de metal, tido em forma de uma lâmina bastante afiada. A medida que o tempo passa, o pêndulo passa a se aproximar cada vez mais do corpo do homem.

O barril de Amontillado (1846) é o sétimo conto. A história é sobre o Sr. Montresor que, motivado por vingança, planeja a morte de seu rival, Fortunato, devido a uma suposta acusação de ofensas. Como Fortunato classifica-se como um homem de alto entendimento em vinhos, Montresor identifica nesse orgulho a oportunidade para executar seu plano. Como? Montresor convida Fortunato a verificar se um barril de vinho em suas posses é realmente um Amontillado, pois crê que possa ter sido enganado, uma vez que tal vinho é bem caro e raro. Atraindo seu desafeto para sua adega, Montresor consegue pôr em prática o assassinato, de uma forma bem inusitada.

A máscara da Morte Rubra (também conhecido como A máscara da Morte Escarlate ou A máscara da Morte Vermelha - 1842) conta a história do Príncipe Próspero, que, ao ver a disseminação bastante crescente de uma peste, parte com seus amigos para seu castelo, mantendo-se afastado da enfermidade. Após um certo tempo, o príncipe resolve realizar um baile de máscaras com seus convidados. Tudo corria muito bem, até que ao soar as doze badaladas (sempre nesse horário!) percebe-se a presença de um estranho no meio deles: a própria Morte Rubra. 

Em O enterro prematuro (1844), o narrador-personagem sofre de catalepsia, condição que justifica seu temor de ser enterrado vivo; ele enfatiza seu medo por meio de menções a pessoas que foram, de fato, enterradas em vida. Tamanho foi o desespero do narrador ao acordar-se em meio a escuridão, num local confinado. Para ele, aquilo parecia ser um túmulo.

A queda da Casa de Usher (1839), começa com o narrador chegando na residência de seu amigo, Roderick Usher, motivado por uma carta que recebera do mesmo, afirmando estar acometido por uma doença e pedindo por sua ajuda. Roderick tem uma irmã gêmea, Madeline, e revela que ela sofre de catalepsia. Posteriormente, informa ao narrador-personagem sobre o falecimento da moça e insiste para que seja sepultada no túmulo da família. Porém, quando está ajudando Roderick a dispôr o corpo no túmulo, o amigo percebe que Madeline ainda parece ter um resquício de vida em seu semblante.

Silêncio - Uma fábula (1837)
"'Ouça-me', disse o Demônio conforme colocava sua mão sobre minha cabeça" 
É um conto curto, onde o Demônio conta uma fábula a um homem (bem como o título já diz), mas o que faz a narrativa se tornar mais interessante é a simbologia contida na mesma, abordando uma reflexão sobre aspectos humanos.

Aqui vai um aperitivo das ilustrações (clique nas imagens para ampliá-las):



Você pode obter o livro em pdf clicando aqui.
Até mais!

4 comentários:

  1. Estou gostando de ver! Tem mais postagens no blog! :D
    Estou adorando isso, acho que conseguiu controlar melhor ne? Isso é ótimo!
    Eu vi que você se identificou com a Lif, aquela viking das tirinhas que comentei no blog.
    A autora vai lançar um livro, e eu comentei sobre isso nessa postagem... se quiser adquirir o livro, basta seguir os passos explicados la!
    http://memoriasdeumaguerreira.blogspot.com.br/2015/02/projeto-navio-dragao.html

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    Respostas
    1. *-*
      Sim, estou conseguindo me organizar melhor graças àquela tag! E, mais uma vez, agradeço-lhe por criá-la!
      Amei a Lif! Já estou indo conferir o post.
      Abraços!

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  2. Esse livro parece encantador. Pretendo ler ^-^

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