
Eu planejava ter escrito esse post anteriormente, mas minha leitura de It - A Coisa não permitiu. Sério, é um livro que prende bastante, e a narrativa é singularíssima (se bem que isso já era de se esperar de um livro do Stephen King, não é mesmo?). Mas retomemos o assunto do post. Nessa parte do blog em que falo de mangás/animes, faço uma espécie de relato sobre aqueles que assisti e mais gostei (apenas minha humilde opinião), então esse não poderia ficar de fora.
Embora o mangá não seja BL, certas pessoas se incomodaram com o desenrolar da relação entre Shion e Nezumi. Segundo elas, a "inquietação" foi decorrente da ausência de um "aviso prévio" que apontaria o desenvolvimento de uma relação homoafetiva no enredo (pffffffffffffffffffffffffffffff). Porém, o mangá é tido como Shoujo, dada sua publicação na revista Aria (voltada a shoujo e josei), além de passar pelos gêneros Drama, Ficção Científica e Ação. A própria autora, Atsuko Asano, quando perguntada se obras como No.6 e Battery são BL, afirma que não faz distinção entre amizade e amor, optando por manter uma forma pessoal de escrever sobre esses sentimentos.
O que pode-se perceber, de fato, é que o enredo não aborda somente o relacionamento deveras sutil entre Nezumi e Shion; há toda uma reflexão frente a temáticas como a modernização desenfreada de certas cidades (e a despreocupação da população destas em relação aos danos que tal crescimento poderá acarretar às localidades vizinhas, que passam a servir como despejo de "restos") e a alienação promovida pelas autoridades da No. 6, tendo em vista limitar o consciente populacional a enxergar a situação de "vida segura, ruas limpas e organizadas" como algo concreto e inalterável, acrescida do ufanismo disseminado em todo o meio social.
O que pode-se perceber, de fato, é que o enredo não aborda somente o relacionamento deveras sutil entre Nezumi e Shion; há toda uma reflexão frente a temáticas como a modernização desenfreada de certas cidades (e a despreocupação da população destas em relação aos danos que tal crescimento poderá acarretar às localidades vizinhas, que passam a servir como despejo de "restos") e a alienação promovida pelas autoridades da No. 6, tendo em vista limitar o consciente populacional a enxergar a situação de "vida segura, ruas limpas e organizadas" como algo concreto e inalterável, acrescida do ufanismo disseminado em todo o meio social.
Contém spoilers
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O primeiro contato entre os dois acontece em uma noite, quando Shion abre a janela de seu quarto e dá um belo grito enquanto caía um temporal (ele estava feliz com sua admissão no curso especial de ecologia, assim como pelo seu aniversário, ora!). Até aí, tudo certo. O que ele não sabia é que Nezumi, fugitivo do campo de correção, estava nos arredores exatamente nesse momento. E como estava ferido, e sendo perseguido pela polícia, aquela janela aberta parecia ser a sua chance de sobrevivência. Foi o justamente o que ele fez.
Como um "cidadão de bem da No. 6", o que Shion deveria fazer seria entregar Nezumi para as autoridades. Mas ele não o faz. Ele ajuda o garoto, tratando de seu ferimento e oferecendo abrigo, também motivado pelo fato de o menino aparentar ter a mesma idade que a sua. No dia seguinte, Nezumi dá um chá de sumiço que persiste até quatro anos depois.
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Em um belo dia de sol, enquanto trabalhava, Shion e seu colega de trabalho, Yamashi, encontram um cadáver no parque. O corpo estava em estado rigorosamente acabado, porém havia sido morto há pouquíssimo tempo. A partir daí, Shion passa a questionar certos aspectos da No. 6, até que Yamashi morre em no local de trabalho e tem a aparência exata do cadáver encontrado anteriormente. Shion, assustado, nota uma abelha romper a pele do cadáver, na região da nuca. Ainda estarrecido com a situação, ele é injustamente considerado suspeito dos assassinatos e conduzido pela polícia.
Você pode ler o mangá nesse link (volume 1 completo e parte do volume dois) e ler a Light Novel nesse outro. Há um projeto voltado para a divulgação de materiais relacionados a No.6, confira aqui.
Update: 08/01/2020
Eu VIVI pra ver uma editora nacional publicar No.6, yey! Agora só me falta conseguir achar o primeiro volume do mangá, não encontro em local algum T^T
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