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Música

12 maio 2024

You're a few years overdue


Ainda escrevo, embora não mais aqui. Finalmente compreendi a natureza da potência imbuída na escrita enquanto meio de expressão - e afirmo com tranquilidade que o ato de escrever é o que me tem feito tornar a mim, a lembrar de mim mesma e a chegar à conclusão de que buscamos pela completude. Até finalmente alcançar esses significados no meu horizonte de possibilidades, toda e qualquer tentativa de traçar letras num papel - ou de digitá-las num arquivo de texto, como é o caso - cumpriu seu papel de importância, incluindo os escritos incluídos neste blog, iniciado lá no auge dos meus 15 anos. Eles permanecerão aqui enquanto registro, lembrança e informação dessa época que passou depressa e foi tão relevante para a constituição do meu imaginário até agora.

Escrevo atualmente no Querido Clássico sobre literatura e livros e também uso o Twitter com frequência. Apareço esporadicamente no Medium para tratar sobre qualquer bobajada que me dê na telha e que, de tanta inquietação interna desencadeada por alguma ideia específica, seja necessário materializá-la e colocá-la no mundo. Citando Rilke, 

Examine as razões que o impelem a escrever; observe se elas estendem raízes no ponto mais profundo de sua alma; confesse a si mesmo se acabaria morrendo caso fosse impedido de escrever. E sobretudo isto: pergunte-se no momento mais silencioso da noite - Tenho necessidade de escrever? (RILKE, R.M. Cartas a um jovem poeta. Rio de Janeiro: Antofágica, 2024. P. 32-33.)

22 agosto 2021

[Comentando sobre projeto gráfico] A Fabulosa História do Hospital: da Idade Média aos dias de hoje

 

Escrevi escutando o Oceanborn, do Nightwish.
Dando as caras por aqui novamente depois de um tempo. Me veio à mente a possibilidade de utilizar esse espaço como um meio para contribuir um pouquinho na discussão do objeto de estudo que tenho adotado em minhas pesquisas no mestrado - livros -, ainda que de uma maneira menos compromissada e mais sucinta; menos acadêmica e mais informal. De quebra, ainda consigo praticar a escrita e colocar mãos - e mente - em movimento, diante de certas estagnações decorrentes de uma rotina em que o trabalho me toma mais tempo do que eu gostaria; tempo, esse, que poderia ser de maior valia se investido na universidade, mas já chorei as pitangas sobre insatisfação com tempo e afins nesse post. Sem mais delongas, meu intuito, com essa categoria de postagens (haverá uma sequência de posts nesse sentido? Quem sabe) é comentar sobre decisões projetuais empregadas em livros publicados por editoras brasileiras. Diagramação, acabamento e suportes entram no rol de elementos que serão discutidos por aqui. A intenção primária não é tratar sobre o conteúdo textual em si (embora seja inevitável citar o assunto em determinados pontos), mas trazer o foco da discussão para a materialidade da edição, incluindo livros mais simples e edições deluxe (oi, editora Wish). A primeira publicação escolhida por mim é A Fabulosa História do Hospital: da Idade Média aos dias de hoje, da autoria de Jean-Noël Fabiani, da editora L&PM. Apesar do eurocentrismo e da visão saudosista do autor em certos pontos da narrativa, a leitura é bem fluida, repartida em capítulos curtos. Apesar do título, que remete a um contexto mais amplo, a história em questão trata dos hospitais franceses. Comprei esse no Prime Day, juntamente a outros dois livros que talvez venham a aparecer por aqui.

24 maio 2021

Vim aqui pra reclamar de novo

Ilustração que fiz e acabei direcionando para um concurso do Amor Doce, contendo o personagem Lysandre.

Escrevi escutando o Comalies, do Lacuna Coil. Acima, há uma ilustração que fiz e acabei direcionando para um concurso do AD, contendo o personagem Lysandre. Honestamente? A intenção primária desse desenho não era o concurso, mas uma maneira de escapismo mesmo. Eu estava cansada, doente e desgastada quando a fiz. Ver o resultado - considerando não somente o desenho final, mas todo o processo envolto na ilustração - talvez tenha me empolgado um pouco.

Muito provavelmente a intenção deste texto consiste em recuperar a minha prática da escrita, mais, er, digamos, pessoal.

É meio estranho como, às vezes, a necessidade de produzir algo para externar certas circunstâncias internas se faz presente. Embora eu tenha relutado em trazer questões internas e intimistas para determinadas atividades - ilustração, escrita -, percebo que talvez esse seja um recurso que me permita identificar uma compreensão melhor em relação a 1) a minha visão em relação àquele fato e 2) entender como posso trabalhar essa perspectiva. 

Acredito que essa influência decorra, especialmente, dos modelos de aula que venho assistido no mestrado. A proposta das disciplinas é algo mais voltado à reflexão e discussão e aqui reside a principal diferença que identifiquei na transição da graduação para a pós-graduação. A meu ver, enquanto, na primeira, temos conteúdos expositivos, partindo do pressuposto que estamos a aprender aqueles conceitos, na segunda entende-se que já estamos munidos daquele estudo e que cabe agora o desenvolvimento de uma postura crítica acerca das ideias e considerações já feitas - além das novas que passam a ser estudadas. Mesmo o processo de aprendizagem é passível de questionamento (aprendemos com o intuito de obter uma nota e conseguir a aprovação em uma disciplina ou a objetivo aqui é, de fato, compreender o significado daquele conceito?).

12 janeiro 2020

Meus desenhos mais recentes - pt. 2

Ilustração feita com caneta nanquim, aguada de nanquim e marcadores à base de álcool. Retrata um anjo sentado em uma lápide, sorvendo o sangue de um coração, com flores a seus pés e envolto em uma moldura.

Muito bem, agora vamos à primeira postagem "de verdade" daqui depois de quase quatro anos. Digo "de verdade" pois as quatro publicações anteriores não tratam exatamente da exposição de um conteúdo ou algo que possa informar (são mais desabafos, na verdade). Enfim.

Essas são algumas das ilustrações que finalizei ainda em 2019. Trouxe aqui as que, de alguma maneira, passaram a ter algum significado mais especial para mim, seja em termos de técnica utilizada, do momento em que foi produzida ou mesmo pela satisfação de ter concluído. Confesso que costumo deixar mais coisas inacabadas do que gostaria, então poder completar algo que gosto de fazer, por mais simples que seja, já é uma vitória. Pensei em ordená-las cronologicamente, mas receio não lembrar da datação de todas, então organizei-as pelos materiais utilizados. Aqui vão elas (clique nas imagens para ampliá-las):